A Juventude é tema principal da Via Sacra, onde neste ano comemora sua 32ª edição, nas ruas e praças do bairro do Anjo da Guarda.
Ronald Sá
São Luís-MA 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
domingo, 2 de setembro de 2012
Mais Fotos de Insanidade
Enterro do filho de Fátima.
Cortejo da morte.
Os Filhos da Loucura.
Somos filhos, mães e pais malditos...
Nossa cova é aqui, é uma cova rasa!
Já sentimos o cheiro da carne podre...
Estão jogados para morrer aqui!
Pobre coitados de corações partidos e rudes...
Que possamos descansar em paz em nosso túmulo!
Fotos da estreia de Insanidade, no dia 24 de agosto, às 19h, no Teatro Itapicuraíba!
Valeu galera!!!
Insanidade "Dia da Estreia"
A peça teatral “Insanidade”
foi criada com o objetivo de mostrar a dura realidade das pessoas portadora de
deficiências mentais e psíquicas nos manicômios do nosso mundo. Insanidade na
verdade é uma adaptação de Ronald Sá, baseada em “Hysteria” do grupo XIX de
Teatro de São Paulo, e com trechos retirados da primeira tragédia de William
Shakespeare “Tito Andrônico”. Insanidade conta a história de sete loucos que
vivem em um hospício e sofrem por vários tipos de conflitos psicológicos que
estão em suas miseráveis vidas desde o início. Pra que querem a loucura dessa
cura ou a cura dessa loucura? São perguntas que estão em nossos personagens,
como a doce, suicida e fria assassina Fátima, que matou o próprio filho depois
do transtorno pós-parto e tenta suprir essa perda com uma falsa barriga e uma
boneca suja e velha que carrega em suas mãos. Já Maria do Carmo é a mais
agressiva dos sete loucos, tanta agressividade mostra também sem a mais
realista desse lugar obscuro, que sabe que nunca irão sair do manicômio, foi
abandonada pela sua família. Zé Ninguém
é um doente, perturbado por suas religiões, acredita que traiu Jesus Cristo e
que derramou seu santo sangue no chão, anda sempre ao lado do seu amigo Damião,
este que é bem sereno, mas esconde um terrível ódio dos médicos que os deixam
jogados pra morrer no hospício. Laura é uma mulher que amava seu marido, era
submissa, tola e frágil, aprendeu ser uma outra mulher, mais forte, firme e
decidida, descobriu que não amava
ninguém, e que casamento era algo inútil. Coisa diferente para Elizabeth, a
mais jovem dos loucos, acredita que está curada da cabeça e que seu marido
André Henrique ira lhe buscar numa linda charrete como nos contos de fadas.
Ficou louca de tanto amar, o seu marido a deixa sofrendo pressa no hospício.
Xavier era um famoso escritor, que anda assombrado pelas memórias dos passados,
memórias ruins que o fizeram um brilhante escritor, mas com tantos pensamentos
sombrios acabou sendo levado pro manicômio. É um homem de falar pouco, mas fala
demais com o seu corpo que é um livro ambulante, seu corpo é marcado por
palavras tristes escritas com sangue e sabe que nesse lugar ninguém poderá sair
e que ali será o túmulo dos pobres e doentes loucos. Os médicos mostram um lado
mais desumano da nossa sociedade, aprisionam os loucos em suas camas e dão
remédios sem parar, desejam se livrar dessa situação o mais rápido possível,
por isso, matam seus pacientes com pílulas e injeções letais.
sábado, 4 de agosto de 2012
Insanidade
Insanidade - Texto
adaptado por Ronald Sá, baseado em “Hysteria”, peça teatral desenvolvida pelo
Grupo XIX de Teatro e textos retirados da tragédia de Willian Shakespeare “Tito
Andrônico”.
Loucura é qualidade. Loucura
é atribuição aos normais. Loucura é nossa condição, é a nossa insanidade! Só os
loucos possuem uma visão perfeita do mundo. Eles enxergam os que os anormais
seres humanos não conseguem vê. Eles aplaudem o que para eles não há nenhuma
graça. Eles são loucos e os estranhos são apenas humanos. Pra que tanta
insensatez a ponto de se ambicionar a cura da loucura? Será que somos tão
doentes assim? Como o mundo nos ver? Não enxergamos motivo, talvez porque
desconhecemos a razão! Pra quer querem a loucura dessa cura? Se em nós há
insanidade somos normais. Se não há o que nos diferencie somos insanos. Pois de
qualquer forma, vocês têm falhas nas faculdades mentais, vocês são apenas meros
humanos. E se todos nós temos essas tais falhas, falhas não são normais.
Tornamos assim, perfeitos!
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Trecho da minha peça teatral "Cativeiro"
Voz de Malu – Você tem uma vida
de luxo, sinta agora a verdade, o lado podre da vida. Bem vindo ao nosso mundo!
Bem vindo ao nosso submundo fétido!
Igor – Tudo isso por
dinheiro... Ah, droga... O maldito dinheiro...
Voz de
Fred
– E vale a pena viver uma vida possível sem dinheiro? Como seria sua vida sem
dinheiro? Como viveria neste imundo mundo sem a porcaria do dinheiro?
Voz de
Malu
– Acorde! Você não sabe o que passamos. Isso aqui agora é a sua vida, sua nova
morada!
Igor – Será isso vida,
vivendo aprisionado nesse inferno? Estabelecido de ratos, baratas e lixo? Conviver
com um cheiro forte e podre que causa ânsia de vômito?! Não é importante lutar por
uma vida melhor? Não fazer as coisas que te parecem justas e não lutar por
elas, isso te parece vida? (Pausa) Você sabe o que vale
a pena lutar, quando não vale à pena morrer por isso?
Fred,
Malu e Bruno entram em cena, os três estão mascarados. Usam máscaras macabras,
e cercam Igor.
2ª CENA
Fred – Esplêndido! Belo
discurso, mas fede a hipocrisia! A sociedade é falsa aos seus próprios
conceitos e normas! Nada é sério, tudo vira bosta! E viva a putaria, meu
querido!
Igor – Por favor, me tira
daqui, estou sem forças...
Fred – E eu estou me
sentindo forte e vivo, no auge da minha vida, no auge da minha juventude! Vamos
fazer um som, ganhar uma grana, escolher algumas modelos pra casar. Vou mudar
para Paris, injetar açúcar do diabo nas veias, foder com as estrelas de cinema
e entupir nossas narinas de cocaína...
Igor – Seu filho da puta,
psicopata, me tira daqui a gora mesmo! (Grita).
Fred – É melhor ser
educado com um homem armado, não queremos que as coisas acabem assim, né? Agora
que o meu show começou... E estou querendo um final feliz, pelo menos para mim!
Igor – Seu covarde, tira
essa máscara! Deixa ver quem se esconde por trás disso!
Cativeiro
Cativeiro é um texto de linguagem suja, vulgar, depreciativa e chula; com personagens que encaram cenas indecorosas, imorais, psíquicas, perturbadoras, obscenas e também com um pouco de insinuações sexuais e sensuais. Cativeiro retrata a história de um rapaz que é seqüestrado por três jovens, dentro desse grupo de delinqüentes está Malu, namorada de Igor (jovem seqüestrado); Fred, amante de Malu e Bruno, melhor amigo de Igor. Os três jovens enclausuram Igor num cativeiro imundo, ameaçando o mesmo com vários tipos de violência e tortura, criando assim um aspecto sombrio, melancólico e gótico; mostrando a Igor um mundo novo, desconhecido, tenebroso, maldito, diferente do que ele vivia, pois é membro de uma família muito rica e planejam, além de torturar Igor, arrancar dinheiro a força dos seus familiares. O texto Cativeiro foi feito por vários objetivos que nos levam a refletir: até que ponto a maldade do ser humano é capaz de causar tanto dano ao próximo? Como se comportam pessoas vítimas de seqüestro, o que passa na mente dessa pessoa, quais suas principais conseqüências, tanto física como psíquica, que sofrem algum tipo de tortura e humilhação? Como confiar nas pessoas ao seu redor? Seus amigos são realmente seus amigos? Com relação a característica dos personagens é muito rica em diversos aspectos, humanos em algumas partes e desumanos na maioria da história, mostrando de tal modo, o lado mais sombrio das pessoas, o que faz do texto ser interessante, além de ter uma linguagem inapropriada, sem mostrar o glamour, o poder, aquilo que a sociedade tem como definição de “bem estar e conforto”. Exibi na verdade uma história em um único cenário, dois atos e varias cenas que contêm três finais alternativos que ficam a critério da platéia qual final deseja assistir.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Fotos de "As Aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança"
Como tinha prometido, aqui estão as primeiras fotos do meu mais novo espetáculo "As Aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança" texto adaptado por mim, Ronald Sá. A obra original é do grande gênio da literatura universal Miguel de Cervantes "Dom Quixote De La Mancha", o texto que criei não fugiu do que Miguel de Cervantes planejou durante muito tempo, pois sua obra é uma das mais lida do mundo. O meu espetáculo estreou no Teatro Itapicuraíba, sede do meu grupo de teatro, Grupo GRITA, no bairro do Anjo da Guarda, local onde resido, na cidade de São Luís.
Equipe:
Adaptação de Texto, Direção e Produção: Ronald Sá
Dom Quixote: Junior Morgado
Sancho Pança: Jefferson Gama
Adereços, acessórios e cenografia: Lailson Batista
Caracterização: Flávio Henrique
Iluminação: Dennyson Pereira
Operador de Som: Davi Cutrim

Cartaz de divulgação
Sancho Pança, Moinho de Vento e Dom Quixote.
Mais uma luta de Dom Quixote, desda vez, pensando que se trata de uma bruxa...
Dom Quixote desmaia, Sancho Pança socorre seu amo...
Dom Quixote luta com o moinho de vento, no qual, pensa ser um terrível gigante.
"Eu sou Dom Quixote de La Mancha, e exijo que dê a liberdade a essas pessoas que são habitantes da minha nação espanhola! Não terei misericórdia! Seu tempo já acabou, morrerá por não libertar as donzelas".
"O que eu creio é que... Não sei exatamente, mas acho que algum feiticeiro, inimigo meu, transformou estes gigantes em moinhos, só para me desmoralizar. Mas pouco há de valer suas más artes contra a bondade da minha espada"!
Dom Quixote – Vamos atrás dos terríveis gigantes! Destruir um por um... A minha espada será responsável por jorra sangue desses amaldiçoados gigantes.
Cavalgada do Cavaleiro da Triste Figura com o seu escudeiro inseparável...
Dom Quixote (Junior Morgado) e Sancho Pança (Jefferson Gama)
Dom Quixote - Ah, memória, inimiga mortal do meu repouso! Nunca me esqueço de um dia de luta, dos amigos que fiz durante esse caminho todo, das lindas donzelas que conheci em cada canto da Espanha!
"Depois da tempestade de sete dias, eu fui enfeitiçado por uma velha bruxa..."
Nenhuma... A tempestade de sete dias me levou para muito bem longe, nem sabia por onde andava... (Trecho da peça As Aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança).
Sancho Pança em processo de maquiagem...
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