Happening “acontecimento” é uma forma de espetáculo, muitas vezescuidadosamente planejado, mas quase sempre incorporando algum elemento de espontaneidade, em que um artista executa ou dirige uma ação que combina teatro com artes visuais. O termo foi cunhado por ALLAN KAPROW em 1959 e tem sido usado para designar uma multiplicidade de fenômenos artísticos. Foi idealizado como um verdadeiro “evento”. Foi bastante usado para designar representações teatrais de propaganda político-social e eventos programados para chocar a moral estabelecida.
Três características típicas do happening
vinculam-no à concepção de Artaud do teatro:
- seu tratamento super pessoal ou impessoal das pessoas;
- sua ênfase no espetáculo e no som, com um desdém pela palavra;
- seu professado objetivo de tomar a platéia de assalto.
Privado de qualquer tipo de arco narrativo ou dramático, privado de suspense ou
estrutura, normalmente deixavam suas platéias paradas, esperando algum tempo
depois de já terem sido encerrados de fato.
O happening atua pela criação de uma rede assimétrica de surpresas, sem clímax
ou consumação; trata-se da lógica dos sonhos e não da lógica que predomina na
arte. Os sonhos são desprovidos de um sentido de tempo; o mesmo se dá com os
happening. Isentos de um enredo e um discurso racional contínuo, são isentos do
passado. E essa ausência de um sentido de estrutura é, se sublimada, uma agressão
à plateia.
O happening pode ainda ser considerado uma manifestação
artística coletiva que, com maior ou menor sujeição a um
programa preestabelecido, cobra existência num espaço e tempo
determinados através da participação dos espectadores,
convertidos em co-autores da mesma.
Suas origens mais imediatas devem ser procuradas nas
experiências dramáticas desenvolvidas em Nova York,
fundamentalmente, entre os anos de 1957-1959, para conseguir
um “teatro total” através da participação dos espectadores.
Em relação com estas, alguns artistas plásticos nova-iorquinos
ligados à Reuben Gallery introduziram este elemento participativo
em suas exposições e inclusive na realização de obras por
procedimentos de collage e ensamblagem (assemblagem).
O HAPPENING era tido como algo que deveria criar situações ou eventos que revestissem de aurapoética e fantástica os elementos da vida e da tecnologia cotidiana. Foi criado sob a articulação de várias disciplinas edesigna, segundo Allan Kaprow, um dos seus maiseminentes representantes, uma ação que testemunha o engajamento social e político de seu autor. Desenvolve-se fora dos espaços destinados à arte e ocorre somente uma vez.
O happening estabelece uma relação de
indivíduo para indivíduo; não se é mais
exclusivamente contemplador, mas contemplado,
observado, pesquisado.
Não há mais monólogo, mas diálogo, troca e
circulação de imagens”, comenta Jean-Jacques
Label em Happening (1966).
E complementa Label afirmando que o happening
devolveu à atividade artística aquilo que lhe foi
arrancado, ou seja, a intensificação da
sensibilidade, o jogo instintivo, a festividade, a
agitação social.
Esta palavra HAPPENING foi
usada por muitos autores,
mas atualmente mesmo os
puristas não a utilizam mais
desde o uso do termo
PERFORMANCE.
Já as fotos abaixo, foram trabalhos realizados na Universidade Federal do Maranhão, sob a orientação da professora Ana Teresa, mais conhecida como "Estrelinha" e também da crítica e professora Viviene Rocha, na disciplina "Tópicos Especiais".


A perfomance feminista, relatando o caso de mulheres, que vendem seu corpo, são violentadas dentro de casa, humilhadas até pela sociedade.
Perfomance intitulada de "Lixo"; onde o luxo exagerado do homem de hoje será o lixo de amanhã, a sociedade ainda não está preparada para esse tal cuidado com o planeta, e as conferencias climáticas não passam de discussões sem fim, um eterno blá blá blá...
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De quem são esses pés? Os caminhos que traçamos, as vezes, sem sentido algum...
Instalação "AquiJaz", o banheiro sujo de sangue, retratando aborto.
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Perfomance "Inércia".